Cânion da Faxina

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Localizado em São Luíz do Purunã, distrito do município de Balsa Nova, na região metropolitana de Curitiba, o Cânion da Faxina é uma boa opção de aventura para o final de semana. São apenas 45Km de distância da capital paranaense até o distrito.

Visão geral do Cânion

A Serra de São Luíz do Purunã marca a divisão entre o primeiro e o segundo planalto paranaense, sendo que as escarpas do cânion formam um degrau para o segundo planalto.

O Cânion da Faxina pertence à chamada Escarpa Devoniana, um patrimônio natural com rochas de mais de 400 milhões de anos, que abriga rios, nascentes, formações rochosas diversas, e uma flora e fauna muito específicas, compostas de espécies ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e a gralha-azul.

Além do belíssimo visual a partir do topo do cânion, onde alguns pontos servem como lindos mirantes naturais, a atração mais bonita é uma bela queda d’água, a qual só pode ser vista de cima. Alguns metros antes da cachoeira, é possível se banhar no riozinho, cujas águas são limpas.

A cachoeira vista de cima
A cachoeira vista à distância

A trilha:

A trilha não apresenta grandes dificuldades, apenas aclive constante. Pode ser classificada como fácil, desde que você esteja acostumado com um pouco de atividade física regular pelo menos.

O tempo de subida até o topo do cânion varia de acordo com seu preparo ou quantidade de paradas que fizer pelo caminho, mas podemos definir como algo entre 1 a 2 horas no máximo.

A Trilha segue, em sua maior parte, em campo aberto. O cânion fica à direita da foto
Parte da trilha vista do alto

Como chegar:

Vindo a partir de Curitiba pela BR-277, após cerca de 45Km deixar a rodovia entrando pelo portal de São Luíz do Purunã, seguir a estrada que desce ao povoado e pegar a primeira rua à direita. Menos de 1Km adiante há sinalização indicando a Estrada da Faxina à direita. Seguindo por ela são aproximadamente 8Km de estrada não pavimentada e existem placas que indicam onde fica o cânion e uma propriedade onde é possível deixar seu veículo.

O custo é de 20 reais por carro, sendo que nessa propriedade existe lanchonete e outros recursos. Você pode deixar o carro em outro local, já que é necessário caminhar uns 100 metros retornando pela estrada até o início da trilha que leva ao cânion, porém acredito que vale a pena deixar lá e evitar preocupações.

Cuidados:

A visita ao cânion é um passeio que pode ser feito em família, desde que todos tenham um mínimo de preparo físico para fazê-lo, porém, como toda trilha em área de montanha e natureza, apresenta seus riscos. Há áreas com risco de quedas que podem ser fatais. Então eu não aconselharia levar crianças pequenas e, mesmo no caso das maiores, é necessária atenção por parte dos pais.

Protetor solar é indispensável pois a maior parte da trilha, bem como o alto do cânion, é em campo aberto. Pelo mesmo motivo vale a recomendação de levar chapéu ou boné. Repelente de insetos também é uma boa pedida.

E, como em qualquer outra trilha, é importante ir com roupas leves e adequadas, tênis ou bota de trilha, levar água e alimentação.

Morro Araçatuba

Destacado

Localizado em Tijucas do Sul, município vizinho à Curitiba, o Araçatuba, com seus 1673m de altitude, está entre as montanhas mais altas do Paraná.

O morro faz parte do complexo da Serra do Mar, apesar de estar quase na divisa com o estado de Santa Catarina.

É uma montanha com encostas de vegetação baixa, sendo que sua subida é, na maior parte, em campo aberto.

No cume costuma ventar muito e é visível a mudança do tipo de vegetação à medida que se avança pela trilha. É considerada como a montanha mais fria do Paraná no inverno, sendo frequente o registro de temperaturas muito baixas, geadas fortes e uma constante variação de condições climáticas, como pancadas de chuva, cerração e ondas de frio repentinas. Se na base do morro a trilha atravessa uma área de mata com árvores, próximo ao cume a paisagem é totalmente dominada por capim e vegetação baixa sempre varrida pelo vento.

Montanhas da Serra do Mar paranaense e de Santa Catarina visíveis do cume do Araçatuba

Como chegar:

Partindo de Curitiba você deve pegar a BR-376 sentido Joinville. Após o pedágio (que fica distante 40Km do centro de Curitiba) continuar pela rodovia, passando as duas pontes da Represa Vossoroca, e 22Km após o pedágio entrar à direita em uma estrada rural, na comunidade chamada “Matulão”. Após 2,8Km há uma bifurcação onde se deve seguir à esquerda e depois de mais 3Km haverá placas indicando uma propriedade rural onde se pode deixar o carro e iniciar a trilha.

A estrada é boa, não apresentando dificuldades para carros mais baixos. E está bem sinalizada com relação ao acesso à trilha para subida do morro.

Até o início de 2020 a trilha se iniciava a partir de outra propriedade rural, situada um pouco antes, porém a proprietária desistiu de continuar com essa atividade e fechou o acesso por lá. Então o proprietário do sítio vizinho passou a receber os visitantes e apenas o início da trilha foi modificado, já que agora começa dentro de sua propriedade.

É cobrado R$ 20,00 por carro.

Propriedade onde se pode deixar o carro para subir o morro

A trilha:

A base está a 900 metros de altitude e o cume a 1673 metros, então temos uma subida de 773 metros.

Existem duas trilhas, ambas bem sinalizadas. Uma dista 3,8Km até o cume, sendo a mais íngreme e a outra 6,2Km. Eu subi pela de 3,8Km e desci pela de 6,2Km e achei que foi uma boa opção, pois não cheguei muito cansado ao cume e a mais longa segue por terreno mais plano, mas tem um belo visual. Vale a pena explorar as duas para ver mais das belas paisagens do lugar.

Sinalização bem completa já no início das trilhas

O tempo de subida é em torno de 2 horas (pela trilha mais curta), tudo dependendo, claro, do preparo de cada um ou da velocidade que desejar seguir. Se a descida for pela trilha longa o tempo será aproximadamente o mesmo, visto que o terreno é mais plano.

É uma trilha de dificuldade moderada, pois não apresenta grandes dificuldades técnicas, como trechos com grampos ou escalada, porém é uma subida em um aclive constante e relativamente longa.

Em dias de sol é necessário usar protetor solar e alguma proteção para a cabeça, pois apenas no início da trilha se atravessa mata fechada, todo o restante é feito em campo aberto.

No inverno tenha em mente que o cume costuma sempre estar gelado, então mesmo que esteja calor no início da trilha é bom levar algo para se proteger lá em cima. Na verdade, mesmo no verão isso pode ser necessário. Pelo menos uma “segunda pele” é interessante levar, pois ocupa pouco espaço na mochila e pode evitar maiores perrengues no cume.

A trilha está muito sinalizada. O proprietário da área na base fez um excelente trabalho de sinalização com placas ou marcações nas pedras. No início da trilha existe uma torneira, também instalada por ele, que traz água potável de um riacho. Pode-se beber sem problemas e é a última oportunidade para se abastecer de água.

Torneira no início da subida

Confira na galeria de fotos um resumo do que esperar dessa trilha.

No mais, as dicas para a subida são as mesmas de qualquer outro morro: levar água, algo pra comer, ir com roupas e calçados apropriados e não se expor a riscos desnecessários. E, lógico: na montanha só deixar as pegadas e só trazer fotos!

@lucianopavloski